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A vida que nos escapa: sobre o tempo e as escolhas

marilisapollone90

Atualizado: 12 de dez. de 2024



Você já teve a sensação de que, em meio à rotina diária, a vida vai passando, quase como uma areia escorrendo entre os dedos? Nos ocupamos com o trabalho, as responsabilidades, as metas a serem alcançadas, e o tempo, imperceptível, segue seu curso. É como se vivêssemos constantemente com um olhar fixo no amanhã, no próximo compromisso, na próxima realização. Mas o que acontece com o agora?


O tempo é um dos elementos mais cruéis e, ao mesmo tempo, fascinantes da vida. Ele não para, não se adapta às nossas vontades, simplesmente segue. E, na maior parte do tempo, não prestamos atenção a ele. Estamos tão absorvidos pela correria que esquecemos de nos perguntar: o que estamos fazendo com esse tempo? O que estamos escolhendo? Estamos realmente vivendo ou apenas passando pelos dias?


A vida que nos escapa: sobre o tempo e as escolhas é um convite à reflexão. Quantas vezes tomamos decisões baseadas na expectativa dos outros ou na sensação de que “é o certo a se fazer”, sem parar para pensar se aquilo realmente faz sentido para nós? A vida cotidiana muitas vezes nos empurra a seguir caminhos pré determinados, a buscar a aprovação de quem está ao nosso redor. Mas, em que momento nos permitimos parar e perguntar: “É isso que eu quero?”


Essa questão não é simples. Somos, em grande parte, fruto das nossas relações, da forma como fomos criados e das experiências que tivemos. Contudo, há algo que podemos nos apropriar: nossas escolhas. Quando olhamos para as nossas decisões de maneira mais profunda, percebemos que muitas vezes evitamos escolhas importantes, nos desviamos delas, seja por medo, insegurança ou simplesmente por não saber o que realmente queremos.


É aqui que a psicoterapia pode nos ajudar a compreender melhor esses mecanismos que nos impedem de viver plenamente. Não se trata de um manual ou de soluções rápidas, mas de entender as camadas mais profundas de quem somos e como podemos, aos poucos, escolher com mais autenticidade. Podemos nos perguntar: por que evitamos certas decisões? O que estamos temendo? E, mais importante, o que estamos deixando de lado em troca de um conforto momentâneo?


Viver é, inevitavelmente, lidar com a angústia. Angústia de fazer escolhas, de lidar com o imprevisível, de enfrentar aquilo que não controlamos. Mas evitar a angústia não é viver de verdade. Quando tentamos fugir dela, nos afastamos também da possibilidade de mudança, de crescimento. E, no fim das contas, a vida que nos escapa é justamente aquela que evitamos olhar de frente.


Que tal, hoje, se perguntar: “O que estou deixando passar?” Esse pode ser o primeiro passo para uma relação mais honesta consigo mesmo, e quem sabe, para finalmente fazer escolhas que te levem a uma vida que é realmente sua, e não apenas um reflexo do que esperam de você.



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